Autor: Anita Cid Data: 5/1/2010
á é mais que sabido que o meio ambiente pede socorro e que todos nós devemos repensar nossos atos e adotar medidas que sejam mais sustentáveis. Neste cenário, a profissão de paisagista ganha especial destaque já que este profissional deve não somente pensar no jardim, mas sim no ambiente como um todo, pensando como aproveitar da melhor maneira possível os recursos naturais disponíveis, sem comprometê-los futuramente.
Neste sentido, um dos principais assuntos abordados pelos ambientalistas diz respeito às fontes de energia que utilizamos. De acordo com o relatório de eficiência energética de 2009, no Brasil 73,3% da energia é proveniente de hidrelétricas. No entanto, para se ter este tipo de fonte energética é necessário a formação de grandes reservatórios o que, consequentemente, inunda grandes áreas. Na maioria dos casos, trata-se de áreas produtivas e/ou de grande diversidade biológica, o que exige, previamente, a realocação de grandes contingentes de pessoas e animais silvestres.
A formação de reservatórios de acumulação de água e regularização de vazões, por sua vez, provoca alterações no regime das águas e a formação de microclimas, favorecendo certas espécies (não necessariamente as mais importantes) e prejudicando ou até mesmo extinguindo outras. Entre as espécies nocivas à saúde humana, destacam-se parasitas e transmissores de doenças endêmicas, como a malária e a esquistossomose.
Por isso muito se discute sobre formas alternativas de energia e dentre elas podemos destacar a energia eólica. Esta é considerada a energia mais limpa do planeta, disponível em diversos lugares e em diferentes intensidades, sendo então uma boa alternativa às energias não-renováveis.
O sistema de energia eólica segue o mesmo princípio dos moinhos de vento, inventados na Pérsia no séc. V. O vento atinge uma hélice que ao movimentar-se gira um eixo que impulsiona uma bomba (gerador de eletricidade). Quando vários mecanismos como esse - conhecido como turbina de vento - são ligados a uma central de transmissão de energia, temos uma central eólica. Para se ter eficiência é necessário que os ventos sejam regulares, não sofram turbulências e nem estejam sujeitos a fenômenos climáticos como tufões.
O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. Por outro lado, a energia do vento tem a grande vantagem de ser inesgotável e causar pouquíssimo impacto ao ambiente.
A energia eólica pode garantir 10% das necessidades mundiais de eletricidade até 2020, pode criar 1,7 milhão de novos empregos e reduzir a emissão global de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 10 bilhões de toneladas.
Os campeões de uso dos ventos são a Alemanha, a Dinamarca e os Estados Unidos, seguidos pela Índia e a Espanha.
No âmbito nacional, o estado do Ceará destaca-se por ter sido um dos primeiros locais a realizar um programa de levantamento do potencial eólico, que já é consumido por cerca de 160 mil pessoas. Outras medições foram feitas também no Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, litoral do Rio de Janeiro e de Pernambuco e na ilha de Marajó.
A capacidade instalada no Brasil é de 20,3 MW, com turbinas eólicas de médio e grande portes conectadas à rede elétrica.
Apóie está idéia e ajude-nos a fazer um planeta mais limpo e sustentável!
Fonte: http://www.ambientebrasil.com.br
Imagem retirada do site www.mundofisico.joinville.udesc.br/